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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Craque do Mundial Feminino, Sawa diz viver um sonho

Craque do Mundial Feminino, Sawa diz viver um sonho
Reuters


Homare Sawa já havia disputado quatro Mundiais de Futebol Feminino. Com mais de 170 partidas com a camisa do Japão, só havia visto seu time vencer dois jogos na história das Copas do Mundo antes de chegar à Alemanha. Neste domingo, ela levou a equipe japonesa a um antes inimaginável título mundial.

"Antes da competição, nós viemos aqui para competir e para quebrar a barreira das quatro primeiras. Nós viemos por uma medalha e eu nunca poderia imaginar vencer, nunca poderia pensar em ser escolhida como a melhor jogadora de um Mundial", disse a jogadora de 32 anos, que defende a seleção principal do Japão há 18. "Eu nunca imaginaria estar numa final de Copa do Mundo alguns anos atrás. Estar numa final, para ser honesta, é como um sonho"

A ficha demora a cair para a jogadora: "Essa é minha quinta Copa do Mundo e eu nunca pensei nessa possibilidade (de título). Eu estou muito feliz com o resultado. Estou na seleção há 18 anos e este foi um longo período, uma longa espera. Eu acreditava nos times de futebol feminino no Japão e agora me sinto realizada."

Até este mundial, Sawa tinha uma carreira de pouco destaque no futebol internacional. Jogou pelo Atlanta Beat nas três temporadas da WUSA (de 2000 a 2003), e logo voltou a atuar pelo Japão. Mais uma tentativa de jogar nos Estados Unidos, desta vez no Washington Freedom, mas sua passagem só durou a temporada 2009/2010, retornando em seguida para o japonês Kobe Leonessa.

Artilheira do Mundial com cinco gols, o último deles marcado na decisão deste domingo, Sawa deixou a Alemanha com o troféu de campeã, a Chuteira de Ouro, e também a Bola de Ouro, prêmio oferecido pela Fifa à principal jogadora da competição.

Aos 32 anos, ela ainda não pensa em aposentadoria. "Eu acho que conseguiu mudar meu estilo de jogo para ajudar a equipe e eu acho que essa é uma das razões pelas quais eu estou jogando na seleção há 18 anos. Eu gosto de minha vida fora de campo, bem como o futebol. Eu não sei sobre o futuro, mas eu quero continuar a jogar o maior tempo possível."

Além de Sawa, artilheira e melhor jogadora, também foram premiadas pela Fifa a atacante Abby Wambach (EUA), com a Bola de Prata e a Chuteira de Bronze, e a goleira Hope Solo (EUA), com a Bola de Bronze e as Luvas de Ouro. Marta foi a Chuteira de Prata. Caitlin Foord, da Austrália, de apenas 16 anos, foi eleita melhor jovem jogadora, enquanto o Japão recebeu o prêmio Fair Play.

A seleção do mundial teve apenas duas brasileiras entre as 21 relacionadas: Erika e Marta. A equipe completa tem:

Goleiras: Ayumi Kaihori (Japão) e Hope Solo (EUA).

Zagueiras: Alex Scott (Inglaterra), Laura Georges (França), Erika (Brasil), Saskia Bartusiak (Alemanha), Sonia Bompastor (França) e Elise Kellond-Knight (Austrália).

Volantes: Shannon Boxx (EUA), Homare Sawa (Japão), Caroline Seger (Suécia) e Jill Scott (Inglaterra).

Meias: Kerstin Garefrekes (Alemanha), Shinobu Ohno (Japão), Louisa Necib (França), Anonman (Guiné Equatorial), Aya Miyama (Japão) e Lauren Cheney (EUA).

Atacantes: Lotta Schelin (Suécia), Marta (Brasil) e Abby Wambach (EUA).

Fonte: http://www.dgabc.com.br - Segunda-feira, 18 de julho de 2011 15:33 - Agência Estado
Foto: A japonesa Homare Sawa e as norte-americanas Abby Wambach e Hope Solo foram algumas das principais figuras do Mundial feminino deste ano - Reuters.

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