Craque do Mundial Feminino, Sawa diz viver um sonho
Reuters
Homare Sawa já havia disputado quatro Mundiais de Futebol Feminino. Com mais de 170 partidas com a camisa do Japão, só havia visto seu time vencer dois jogos na história das Copas do Mundo antes de chegar à Alemanha. Neste domingo, ela levou a equipe japonesa a um antes inimaginável título mundial.
"Antes da competição, nós viemos aqui para competir e para quebrar a barreira das quatro primeiras. Nós viemos por uma medalha e eu nunca poderia imaginar vencer, nunca poderia pensar em ser escolhida como a melhor jogadora de um Mundial", disse a jogadora de 32 anos, que defende a seleção principal do Japão há 18. "Eu nunca imaginaria estar numa final de Copa do Mundo alguns anos atrás. Estar numa final, para ser honesta, é como um sonho"
A ficha demora a cair para a jogadora: "Essa é minha quinta Copa do Mundo e eu nunca pensei nessa possibilidade (de título). Eu estou muito feliz com o resultado. Estou na seleção há 18 anos e este foi um longo período, uma longa espera. Eu acreditava nos times de futebol feminino no Japão e agora me sinto realizada."
Até este mundial, Sawa tinha uma carreira de pouco destaque no futebol internacional. Jogou pelo Atlanta Beat nas três temporadas da WUSA (de 2000 a 2003), e logo voltou a atuar pelo Japão. Mais uma tentativa de jogar nos Estados Unidos, desta vez no Washington Freedom, mas sua passagem só durou a temporada 2009/2010, retornando em seguida para o japonês Kobe Leonessa.
Artilheira do Mundial com cinco gols, o último deles marcado na decisão deste domingo, Sawa deixou a Alemanha com o troféu de campeã, a Chuteira de Ouro, e também a Bola de Ouro, prêmio oferecido pela Fifa à principal jogadora da competição.
Aos 32 anos, ela ainda não pensa em aposentadoria. "Eu acho que conseguiu mudar meu estilo de jogo para ajudar a equipe e eu acho que essa é uma das razões pelas quais eu estou jogando na seleção há 18 anos. Eu gosto de minha vida fora de campo, bem como o futebol. Eu não sei sobre o futuro, mas eu quero continuar a jogar o maior tempo possível."
Além de Sawa, artilheira e melhor jogadora, também foram premiadas pela Fifa a atacante Abby Wambach (EUA), com a Bola de Prata e a Chuteira de Bronze, e a goleira Hope Solo (EUA), com a Bola de Bronze e as Luvas de Ouro. Marta foi a Chuteira de Prata. Caitlin Foord, da Austrália, de apenas 16 anos, foi eleita melhor jovem jogadora, enquanto o Japão recebeu o prêmio Fair Play.
A seleção do mundial teve apenas duas brasileiras entre as 21 relacionadas: Erika e Marta. A equipe completa tem:
Goleiras: Ayumi Kaihori (Japão) e Hope Solo (EUA).
Zagueiras: Alex Scott (Inglaterra), Laura Georges (França), Erika (Brasil), Saskia Bartusiak (Alemanha), Sonia Bompastor (França) e Elise Kellond-Knight (Austrália).
Volantes: Shannon Boxx (EUA), Homare Sawa (Japão), Caroline Seger (Suécia) e Jill Scott (Inglaterra).
Meias: Kerstin Garefrekes (Alemanha), Shinobu Ohno (Japão), Louisa Necib (França), Anonman (Guiné Equatorial), Aya Miyama (Japão) e Lauren Cheney (EUA).
Atacantes: Lotta Schelin (Suécia), Marta (Brasil) e Abby Wambach (EUA).
Fonte: http://www.dgabc.com.br - Segunda-feira, 18 de julho de 2011 15:33 - Agência Estado
Foto: A japonesa Homare Sawa e as norte-americanas Abby Wambach e Hope Solo foram algumas das principais figuras do Mundial feminino deste ano - Reuters.
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