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terça-feira, 15 de maio de 2012
Falcão faz balanço da carreira em momento histórico com a Seleção Brasileira
Poucas pessoas conseguem entrar para a história de um esporte mundial e o público de Maceió terá a oportunidade de ver de perto um momento especial para a carreira do ala da Seleção Brasileira, Falcão. Quando pisar em quadra no Ginásio do Sesi, o dono da camisa 12 do Brasil completará 200 jogos defendendo o país, no Desafio Internacional contra a Costa Rica.
Uma trajetória de muitos títulos e glórias que transformaram Falcão em um ídolo do futsal. Escolher uma única partida de um vasto currículo é complicado, mas o ala se esforça e relembra o drama da final da Copa do Mundo de 2008, quando a Seleção Brasileira conquistou o título no Rio de Janeiro.
"Camisa de Seleção é difícil colocar um jogo mais especial. São várias situações, vários momentos diferentes. Cada jogo tem seu algo a mais. Já joguei três campeonatos Mundiais, mas coloco a final de 2008, com aquele drama todo. A gente vinha de dois mundiais sem vencer, acabei machucando o joelho durante a partida, não podendo mais ajudar a equipe. Depois foi aquele alívio de todos nós. Acho que a final de 2008, ainda mais sendo no Brasil, foi um dia especial", avalia o jogador.
Além de chegar aos 200 jogos, Falcão pode se tornar o maior artilheiro do mundo de esportes coletivos ligados à Fifa. Atualmente, o ala do futsal divide a marca com o também brasileiro Nenê, do futebol de areia, que já está aposentado. Na lista de gols mais bonitos, Falcão escolhe aqueles com um toque especial de habilidade.
"Tem alguns gols bonitos sim. Acho que em Goiânia, contra a Romênia. Dei uma "lambreta" no goleiro e fiz o gol, foi um dos mais bonitos. Teve um contra Portugal também, em 2003, meu primeiro gol de lambreta com a camisa da Seleção. Também foi um golaço. Tem uma série aí, mas destaco esses dois de lambreta porque é o que o público mais gosta", comenta o camisa 12.
Inspirações
Hoje referência para as crianças, Falcão também teve seu momento de fã. Quando era mais jovem, acompanhava de perto os passos de Vander Iacovino, atual auxiliar-técnico da Seleção Brasileira e treinador das categorias de base do Brasil. Ele também lembra de Douglas, outro atleta que o inspirou nessa trajetória recheada de vitórias.
"Tive várias referências. O Vander foi um cara que me ajudou muito. Na minha primeira convocação ele deixou de ir. Então foi quando eu herdei a camisa 12 na Seleção. A gente jogava no mesmo clube e ele me ajudou muito, me deu muitos conselhos. O Douglas também, que depois acabou virando meu amigo pessoal, amigo da minha família. Esses dois caras foram referência para mim com certeza", diz Falcão.
Chegar com o currículo do camisa 12 poucos vão conseguir, mas é certeza que o legado que Falcão deixa para o esporte brasileiro será difícil de ser superado. Falcão afirma que os sonhos começaram lá atrás, desde o desejo de ser jogador, até a realização de vestir a camisa da Seleção Brasileira e representar o país nas competições, com todas as marcas sendo atingidas de forma natural.
"Quando a gente é criança, sonhamos com muita coisa. Você vai conquistando uma coisa de cada vez e vai sonhando mais alto. Comigo não foi diferente. Primeiro queria ser jogador, depois chegar na Seleção, depois queria ser o artilheiro e as coisas foram acontecendo. Estou aí, quebrando recordes e deixando marcas para a história do esporte, e isso não se apaga nunca. Espero até o último dia que vestir a camisa da Seleção, deixar marcas e marcas para que fique para sempre", afirma Falcão.
O Desafio Internacional histórico entre Brasil e Costa Rica está marcado para 20h30min, no Ginásio do Sesi, em Maceió. O confronto é o segundo entre as equipes, que já se enfrentaram em Recife, quando a Seleção Brasileira saiu de quadra com uma vitória de 5 a 0.
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