Prefeitura divulga o primeiro traçado da Transbrasil, corredor expresso para ônibus BRTs (Bus Rapid Transit), que irá modernizar a Avenida Brasil. Via terá integrações com a Transcarioca, Transolímpica e com a Supervia
A Transbrasil será o quarto corredor para BRTs (Bus Rapid Transit) a ser construído pela Prefeitura do Rio até os Jogos Olímpicos 2016. A via, que mudará a configuração de transporte público atual, ligará o Aeroporto Santos Dumont a Deodoro, na zona oeste da cidade, com faixas exclusivas para ônibus.
A decisão de incluir o projeto no PAC da Mobilidade Urbana, num acordo entre o município do Rio e o Governo Federal, foi sacramentada nesta quarta-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff, durante visita às obras do Mergulhão do Campinho, na zona norte do Rio.
A Transbrasil fará integração com a Transcarioca (na entrada da Ilha do Governador) e com a Transolímpica (em Deodoro). No Centro, o corredor expresso que terá duas faixas segregadas (em cada sentido) na maior parte do trajeto, contará com estações que terão uma interligação por pontes sobre o Canal do Mangue, nas avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas.
– Dos quatro BRTs, esse é o que terá a maior demanda, com a previsão de 900 mil passageiros por dia. Na ligação com a Via Dutra, no Trevo das Margaridas, está prevista a construção de um terminal que servirá como integração com as linhas de ônibus intermunicipal – explica o engenheiro Eduardo Fagundes, coordenador das obras dos corredores expressos.
O fato de ter sua base viária já pronta não significa que a transformação da Avenida Brasil em Transbrasil será mais fácil que os demais corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) a serem construídos até os Jogos Olímpicos.
– Muito pelo contrário. A Avenida Brasil está completamente saturada, com o trânsito muitíssimo carregado, o que será um grande problema. Vamos ter que trabalhar principalmente à noite – esclarece Eduardo Fagundes.
O projeto básico da via prevê 25 estações, a construção de viadutos, alargamentos de pista em locais como Barros Filho e uma nova configuração do tráfego na chegada ao Caju.
– Nesse trecho acontecerão as maiores intervenções. É o ponto com mais carregamento, mais passageiros e onde a gente precisa de mais faixas – antecipa o engenheiro, sobre as demolições e construções na região.
As intervenções em alguns trechos, como a construção de novas alças de acesso à Ponte Rio-Niterói e um mergulhão até as proximidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), ainda estão sendo estudadas. Os engenheiros também estão considerando outras opções para a ligação entre a Avenida Brasil e o Terminal de BRT em Deodoro, que será de integração com a Transolímpica e a estação de trens da Supervia.
– Os problemas são temporários, mas as são soluções definitivas e a população vai usufruir delas. A ideia é trabalhar muito de noite, porque não tem jeito, e fazer em pedaços. Mas depois vamos ter uma Avenida Brasil bem melhor e qualificada – conclui o engenheiro.
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