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terça-feira, 17 de abril de 2012

Marin se aproxima de Romário, que pressiona Marin


O novo presidente da CBF foi mais uma daquelas mudanças que chegam para não mudar nada, como é de conhecimento geral da população. José Maria Marin, como também se sabe, é pau mandado (ele odeia quando dizem isso) de Ricardo Teixeira e de Marco Polo del Nero, este último o presidente da Federação Paulista de Futebol, principal aliado do antecessor de Marin.

Pois bem, uma missão ingrata, provavelmente dada por Teixeira e/ou del Nero ao atual presidente, seria tentar uma aproximação da CBF a Romário, o crítico mais intempestivo da CBF fora da imprensa.

Com a nada honrosa exceção da Globo, a imprensa esportiva bate pesado em Teixeira e seus cupinchas. Mas Juca Kfouri, o Lance!, a ESPN têm um peso importante, mas não se compara a um ídolo total das massas como Romário. Cada crítica dele ecoa muito mais que dez editoriais de jornais, por melhor que estes sejam.

Semana passada, Romário recebeu Marin, que veio com aquele lenga-lenga de que ele precisa ajudar o Brasil na Olimpíada e na Copa 2014: "A presença dele já é uma grande contribuição, porque ainda é uma atração nacional. O Romário tem muito crédito no futebol brasileiro. É credor do respeito, da admiração e da gratidão do povo brasileiro", disse o presidente da CBF.

Romário foi educado e em troca pediu que a entidade mude o estatuto para que não haja mais perpetuação de um nome no poder - Teixeira ocupou o cargo de 1989 até o início deste ano.

Mais uma bola dentro do Baixinho. Foi educado, recebeu o sujeito, mas colocou o dedo na ferida. Marin achou que atrairia os holofotes para as pazes, mas Romário desviou o foco para um problema crônico da CBF. Até o momento, o craque do tetra continua sendo o grande nome brasileiro nos bastidores da Copa 2014.

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