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quinta-feira, 26 de abril de 2012
17 de abril de 2012 Um dos prédios do MAR, Palacete D. João VI toma forma no Porto
Elemento mais importante e obra inédita no Brasil, cobertura fluida do Museu de Arte do Rio de Janeiro já se encontra em processo avançado de execução
Um dos marcos da revitalização da Região Portuária da cidade, o Palacete D. João VI, que abrigará as exposições do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), está prestes a abrir suas portas para o público. O prédio de 1916 está em fase final de acabamento e o resultado já pode ser visto por quem passa pelas ruas do entorno da obra.
– Falta, para finalizar, o acabamento interno do prédio, que deve acontecer em meados de maio – afirmou o coordenador de execução de obras do Museu, José Eduardo Fernandes Bigno. – A parte externa depende apenas da retirada do escoramento da cobertura fluida para ser finalizada. Depois entram outras atividades para poder compor a inauguração – disse.
Grande sensação do MAR, a cobertura fluida já se encontra em processo avançado de execução. Considerada o elemento mais importante da obra, a estrutura vai interligar o Palacete D. João VI e a Escola do Olhar e terá uma série de curvas, dando uma ideia de ondas.
Para chegar a esse efeito, a equipe técnica do museu chegou à conclusão de que um tipo mais rígido de isopor seria o material ideal para a construção da cobertura.
– O isopor vem em pedaços que vão sendo colocados, através de uma grua como se fosse um quebra cabeças – explicou o consultor de estruturas e verificação de projetos do MAR, Julio Timerman. Depois é feita uma ligação entre os blocos com uma resina que é colocada por cima do isopor, no sentido de dar maior resistência e ligar todos os blocos.
Outro grande desafio é a construção da passarela suspensa, que vai interligar a Escola do Olhar e o Palacete D. João VI.
- Assim como a cobertura fluida, a passarela é um elemento adicional. A estrutura do prédio da Escola do Olhar teve que receber um reforço adicional para receber essa estrutura, que mede 50m de vão e pesa 30 toneladas, aproximadamente – explicou Timerman.
Assim como a cobertura, a passarela também é trazida para o MAR em módulos e, através de uma grua, será montada em uma chapa metálica. Segundo Timerman, este é um trabalho que requer, além de tudo, pesquisa da estrutura existente.
- Precisamos pesquisar o que a estrutura tinha, o que o projetista da época, de 100 anos atrás, pensou, o que ele projetou. É um trabalho fascinante – disse.
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