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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Proibição do véu islâmico pela Fifa abre debate sobre os direitos femininos

No dia 3 de março, a Fifa leva a votação – na 126ª Assembleia Geral, em Surrey (Inglaterra) – o debate sobre a utilização do véu islâmico (hijab) pelas atletas muçulmanas. Em 2007, o órgão proibiu qualquer manifestação de fé em campo, mas o tema voltou à baila por um pedido da Confederação Asiática de Futebol que espera que a Fifa reconsidere a posição. Estudiosos do mundo árabe e de esportes, três autores da Primavera Editorial – Luis Eduardo Matta, Gilberto Abrão e Márcio Kroehn – além do ex-jogador e comentarista esportivo Neto, opinam sobre o polêmico tema.

Ao contrário de modalidades olímpicas como rúgbi e taekwondo, o esporte mais popular do mundo não permite o uso do véu islâmico (hijab) pelas jogadoras muçulmanas. Em 2007, a Fifa proibiu qualquer manifestação de fé em campo, alegando motivos de segurança. Em 2011, as jogadoras da equipe de futebol feminino do Irã não jogaram contra a Jordânia, nas eliminatórias para as Olimpíadas de 2012, porque se recusaram a retirar os véus antes do chute inicial. O episódio encerrou o sonho da seleção de competir em Londres, mesmo depois de uma temporada vitoriosa, na qual o time não perdeu nenhum jogo.

Em uma mistura de política, religião e esporte, o debate abarca questões delicadas como violação dos direitos humanos e das normas internacionais olímpicas; direitos da mulher; e respeito à cultura e crenças religiosas. O tema volta à baila em 3 de março, quando a Fifa retomará o debate na 126ª Assembleia Geral, em Surrey (Inglaterra). Para contribuir com o amplo debate sobre o assunto, a Primavera Editorial ouviu a opinião dos escritores Luis Eduardo Matta e Gilberto Abrão – estudiosos do mundo árabe –; do jornalista Márcio Kroehn, coautor do livro Onde o esporte se reinventa: histórias e bastidores dos 40 anos da Placar; e do ex-jogador e comentarista esportivo Neto, homenageado na obra Eterno Xodó, dos jornalistas Renato Nalesso e Fabricio Bosio.

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