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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sucesso em Londres, escritório britânico arremata projeto do Parque Olímpico do Rio

Complexo vai abrigar competições de 15 modalidades nos Jogos de 2016. O diferencial: uma Via Olímpica que remete ao calçadão de Copacabana


O coração dos Jogos do Rio 2016 começou a pulsar, no dia 19 de agosto, com a divulgação do projeto vencedor para a construção do Parque Olímpico, que será erguido na área do Autódromo de Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. E o vencedor foi o escritório de arquitetura inglês Aecom, que já possui o know how de ter projetado o Parque Olímpico dos Jogos de Londres 2012. O diferencial: uma grande Via Olímpica, no formato de passarela e cercada por vilas de convivência, inspirada no desenho que consagrou a imagem do Brasil e do Rio mundo afora: o calçadão de Copacabana.

– Para nós está sendo uma experiência maravilhosa. Nos inspiramos nos elementos da cidade e em sua cultura para a criação desse trabalho. Acreditamos que será um excelente projeto para os Jogos e para a cidade, após a competição – disse o arquiteto inglês Adam William, ainda eufórico com a vitória.

Durante a cerimônia de divulgação dos vencedores, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ressaltou que os preparativos para as Olimpíadas estão adiantados e que o Rio pretende "humilhar a pontualidade britânica" e entregar o maior número de instalações antes do prazo.

– O grande objetivo desse concurso é pensar de que forma vai se dar essa ocupação e, principalmente, pensar também como se pode fazer uma ocupação posterior às Olimpíadas, que nos permita captar recursos privados para fazer obras que seriam todas financiadas com recursos públicos – ressaltou Paes.

O Parque Olímpico servirá aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Em um terreno de 1,18 milhão de metros quadrados, serão realizadas disputas de 15 modalidades olímpicas (basquete, judô, tae-kwon-do, lutas, handebol, hóquei sobre grama, tênis, ciclismo, saltos ornamentais, polo aquático, natação, nado sincronizado, ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim) e 11 paraolímpicas (basquete em cadeira de rodas, rugby em cadeira de rodas, bocha, judô, voleibol sentado, goalball, futebol de 5, futebol de 7, tênis em cadeira de rodas, ciclismo e natação). Além disso, o local vai abrigar o Centro de Imprensa, que deve receber cerca de 20 mil jornalistas credenciados.


O legado para a cidade foi destacado por todos os envolvidos na realização do concurso, realizado pela Empresa Olímpica Municipal em parceria com a União dos Arquitetos do Brasil, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Comitê Rio 2016 e o Governo Federal.

O arquiteto Jorge Wilheim, presidente do júri, elogiou a qualidade dos 60 projetos participantes, de escritórios de 18 países, e analisou o vencedor.

– Eles são profundos conhecedores das dificuldades a enfrentar e da importância de aproveitar esse pedaço da Barra (da Tijuca) para fazer um bairro novo. A preocupação ambiental é extremamente adequada, sem nenhuma preocupação exagerada, absolutamente pé no chão, mas ao mesmo tempo com grande respeito pela orla da lagoa (de Jacarepaguá, vizinha ao terreno do parque) – afirmou.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, chamou o futuro Parque Olímpico de ‘centro nervoso dos Jogos’ e elogiou o interesse do número de escritórios presentes no concurso.

– Na história dos Jogos Olímpicos, o Rio talvez seja a primeira cidade a vencer a disputa para ser sede sem ter um Centro Olímpico de Treinamento construído. E esse Parque Olímpico já um dos principais legados – lembrou Nuzman a relevância do espaço para a juventude brasileira e a formação de atletas.

O plano básico do projeto arquitetônico do Parque prevê dois cenários para a região localizada às margens da Lagoa de Jacarepaguá. O primeiro será das instalações esportivas para os Jogos Olímpicos e o segundo para o período após as competições, onde serão implantados novos empreendimentos habitacionais de maneira

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