11/4/2011, 23:20h - Por Kelly Cristina Stéfani
Cuidado aos alertas que seu corpo dá quanto algo não está bem
A dor é um sinal de alerta do nosso corpo, portanto quando sentimos algum tipo de dor é sinal que alguma coisa não está bem. A intensidade da dor é uma característica individual e chamamos isso de “limiar de dor”, ou seja, com o mesmo estímulo doloroso uma pessoa pode ter muita dor e outra ter pouca dor. Os atletas em geral estão acostumados com dores musculares de adaptação pós atividade física e entendem que esta dor é porque treinaram forte e muito. Assim aprendem de forma intuitiva a interpretar isso em seus cérebros como “normal”. Devido a isso é muito freqüente que os atletas tenham um liminar de dor alto – necessitam de estímulos muito intensos para sentir a dor. Isso é bom pois o atleta consegue suportar a dor mas em contra-partida é um grande perigo pois eles podem não dar importância para a dor e continuar treinando com uma lesão e assim piorá-la.
Em primeiro lugar é de extrema importância que os atletas tenham conhecimento disso e aprendam a ter uma consciência corporal adequada sabendo diferenciar uma dor de cansaço de treinamento de uma dor diferente desse padrão. O segundo ponto é evitar conversar com outros atletas ou pessoas leigas tentando achar a causa da dor, ao invés disso deve ter um médico ortopedista habituado a lidar com atletas (e que de preferência seja um atleta também pois irá entendê-lo muito melhor) e consultá-lo.
O médico é capaz de ouvir a história de como a dor começou e de suas características, examiná-lo e orientá-lo com relação ao diagnóstico e conduta a ser tomada. Nem sempre é necessário exames e é interessante que saibam que RX, ultrassom, tomografia e ressonância magnética são chamados exames complementares. Assim esses exames podem complementar o raciocínio médico no diagnóstico e nem sempre são imprescindíveis. O seu médico de confiança saberá se há necessidade ou não deles.
Outro fator que faz a diferença é que seu médico tenha contato com seu treinador, fisioterapeuta e nutricionista pois muitas vezes as lesões ortopédicas estão correlacionadas a erros de treinamento para um determinado indivíduo ou até alguma falha nutricional. E no momento do tratamento a fisioterapia tem que ser direcionada adequadamente para que se tenha bons resultados e o treinamento pode ter de ser modificado temporariamente.
Na minha opinião é imprescindível cuidar do atleta como indivíduo e não como um joelho ou um ombro e para isso a equipe multidisciplinar e a melhor opção para o entendimento do todo, seu tratamento, sua cura e o retorno ao esporte competitivo.
CONTATO:
Dra. Kelly Cristina Stéfani
CRM 82117
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