Durante todo o mês de agosto, observadores do Comitê Organizador Rio 2016 estiveram em Londres com o objetivo de acompanhar os eventos-teste para os Jogos Olímpicos e trocar experiências com o Comitê Organizador Londres 2012 (LOCOG).
Foram 19 colaboradores, de diversas áreas funcionais, destacados para vivenciar a Fase de Testes junto aos britânicos, restando um ano para a Cerimônia de Abertura.
Confira a avaliação de alguns deles sobre a visita:
Mário Cilenti
Diretor do Departamento de Relação com os CONs (Comitês Olímpicos Nacionais)
“Minha principal atividade foi assistir ao Seminário dos Chefes de Missão, que é uma oportunidade em que os 205 países estão representados na cidade. Eles assistem às palestras do LOCOG, onde são apresentados todos os serviços e informações para este cliente (comitês olímpicos nacionais). São eles que representam os atletas. Estão preocupados com segurança, transporte, logística, com a Vila Olímpica, com as instalações, entre outros tantos assuntos. Londres está fazendo um trabalho muito consciente dentro do orçamento, sempre atendendo aos serviços essenciais para os atletas. São mais de 200 nacionalidades diferentes, com necessidades culturais diferentes, além das línguas, então temos que adaptar o nosso planejamento com o planejamento internacional. Estamos lidando com pessoas que estão, por exemplo, no Ramadã, ou que têm deficiências físicas, ou que falam línguas muito difíceis de achar profissionais especialistas aqui, então a gente começa a se planejar desde já para atender a este tipo de necessidade”
Agberto Guimarães
Diretor do Departamento de Esportes
“Em linhas gerais, os eventos-teste foram muito bem organizados. Os testes serviram aos propósitos, inclusive para pensar nas mudanças que serão necessárias. O mais interessante para nós é que fizemos um trabalho direto com o Departamento de Esportes do LOCOG. Acordamos com eles uma agenda do que seria feito durante o período que estivéssemos lá. A partir do momento em que eles perceberam que tínhamos o conhecimento, compartilharam conosco muitas informações que não estavam previstas. Tivemos acesso a mais áreas e documentos do que tínhamos imaginado. Um resultado muito bom foi consolidar um relacionamento da nossa área com a área do LOCOG em vista do que vai acontecer ao longo do ano de 2012”
Carlos Villanova
Diretor do Departamento de Comunicação
“É impressionante ver o quanto as mais diversas áreas podem se beneficiar dos eventos-teste, tendo em vista a quantidade de informação, mesmo que a escala dos eventos seja muito inferior a dos Jogos. Maratona Aquática, Vôlei de Praia, Badminton e Vela foram os eventos que eu tive oportunidade de acompanhar. Foi de grande utilidade, por exemplo, observar detalhes e problemas relacionados ao deslocamento da imprensa em barcos na Vela. Ou das dificuldades pelo fato de três quadras de Badminton estarem em atividade ao mesmo tempo, uma ao lado da outra. Uma lição importante foi a necessidade de niverlarmos as expectativas, algo com que os ingleses também demonstram estar muito atentos. Ofereceremos sempre aquilo que, de fato, nós temos a oportunidade de cumprir. O cliente imprensa é um cliente tenso, que está sempre sob pressão em função de suas atividades, e é importante que estejam cientes e conscientes, de antemão, daquilo que vão ter como elementos para trabalhar”
Henrique Gonzalez
Diretor do Departamento de Recursos Humanos
“O Programa de Observadores é uma programa importante para a transferência de conhecimento. Em relação a Recursos Humanos e Workforce, especificamente, foi muito proveitosa a experiência com o Voleibol, em que eles estavam fazendo um teste integral com relação a workforce. Foi um evento de dez dias, que envolveu um número de voluntários da ordem de 600. Deu para interagir com esses voluntários, deu para perceber uma diversidade grande entre as pessoas. Tinham jovens aprendizes, garotos entre 16 e 18 anos. Tinham pessoas maduras com mais de 60 anos de idade, dedicando tempo. Pessoas que ainda têm uma ocupação. Gente em meio de carreira e que tirou folga para estar lá. Enfim, foi uma experiência muito rica em entender um pouco mais que tipo de voluntário dá certo. E foi muito bacana ver o engajamento, a motivação, a vontade desses voluntários de retornarem aos Jogos em 2012. Os voluntários já estão inscritos automaticamente para 2012 e eles também estavam sendo testados. Sobre o nosso relacionamento com o LOCOG, tem sido muito aberto. Eles estão muito abertos a trocar experiências e dizer no que acertaram e no que erraram, o que, para nós, é fundamental”
Regina Oliveira
Diretora do Departamento de Transportes
“Estive lá um ano atrás. Em Transporte, tinham vinte pessoas. Agora, são 150. Foi importante para entender os processos que eles estão vivenciando, que são diferentes dos nossos. Sobre os testes, consegui passar um tempo trabalhando junto a eles e vivendo aquele ambiente, podendo perguntar, o que foi muito bom. Tiramos várias lições. Nos últimos meses, tive algumas oportunidades de ter meu pessoal trabalhando próximo às suas contrapartes do LOCOG, analisando tudo de perto. O pessoal do LOCOG tem abertura total com o Rio 2016 e, para nós, isso é muito positivo”
Rita Brandão
Gerente de Projetos das Instalações - Departamento de Instalações
“Foi muito útil para começar a treinar o olhar para os Jogos, principalmente para quem não vem da área de esportes. Gerenciei projetos grandes, extremamente complexos, mas nada como um evento esportivo deste porte. É importante ter a experiência prática e a observação in loco daquilo que já estamos apreendendo dos manuais”
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